Chay Suede pode se considerar um rapaz de sorte. Depois de anos ouvindo o pai tocando violão e a mãe cantando em casa, o intérprete de Tomás de Rebelde, da Record, até tinha vontade de ser ator e cantar. Mas foi a inscrição realizada pelo pai na quinta temporada do reality show Ídolos que mudou sua vida. Na competição, foi o quarto colocado. Mas, sem qualquer espaço para dúvidas, foi o candidato que colheu mais frutos até agora do programa. Até porque foi ali que a emissora começou a enxergá-lo como um provável protagonista da adaptação nacional da novelinha musical mexicana Rebelde, fruto da parceria com a Televisa. "Fiz um teste só, que era de interpretação. E fui mal para caramba! Acho que foram com a minha cara, porque eu estava muito nervoso", lembra, rindo.
Mesmo sendo sua estreia como ator, Chay garante que não foi tão difícil se familiarizar com as características de seu personagem. Principalmente pela grande proximidade com sua própria realidade. "O Tomás tem pouco mais de um ano a menos que eu e nos parecemos em diversos aspectos. Até o ano retrasado, eu estava na escola", explica Chay, que fez 19 anos no fim de junho. Mas um detalhe da composição de Tomás chegou a preocupar - e até incomodar - o ator: o visual. "Quando me pediram para cortar o cabelo, fiquei triste. Mas falaram que era assim mesmo e eu cortei", confessa, hoje parecendo mais acostumado com os fios curtos.
Interessado em seguir carreira artística, Chay afirma que não foi a parte musical da trama o que mais lhe chamou a atenção no convite para os testes. Sua vontade ao tentar a vaga era mesmo interpretar. Mesmo confessando que, até começar a gravar Rebelde, sua experiência em atuação se resumia a uma montagem do conto de fadas Chapeuzinho Vermelho para um trabalho de colégio. E em espanhol. Um momento até inusitado para o ator, considerando sua participação na atividade escolar. "Por mais incrível que possa parecer, eu fazia a Chapeuzinho", garante, às gargalhadas.
Para se acostumar com o ritmo de gravações e se preparar para as cenas, Chay e os outros cinco protagonistas - Micael Borges, Sophia Abrahão, Arthur Aguiar, Lua Blanco e Mel Fronckowiak - passaram por uma bateria de workshops e atividades individuais e em conjunto durante mais de dois meses. Não só para estudarem atuação e canto, mas também para se entrosarem. "Esse período foi importante para todos, principalmente para mim. Vim para o Rio de Janeiro sozinho, minha vida mudou completamente. Hoje, quando vejo nosso trabalho no ar e as pessoas comentando positivamente na internet, percebo o quanto valeu a pena todo o esforço", avalia.
Sobre dar continuidade à carreira de cantor fora do grupo Rebeldes, formado a partir da novela, Chay demonstra não ter a menor pressa. Principalmente porque seu envolvimento com a música de uma forma profissional começou a partir do momento em que foi aprovado nas audições do Ídolos. Ele até escrevia algumas músicas e poesias e também tocava violão e gaita. Mas não havia feito nenhum esforço para abrir portas no meio musical. "Meu mundo artístico era a minha casa, com meu pai escrevendo e tocando e minha mãe cantando. Continuo compondo e escrevendo, mas seria impossível conciliar qualquer tentativa de carreira solo com Rebelde. Não tenho tempo e nem fôlego para isso", justifica
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